Músicas
De Repente
Lulu Santos/ Nelson Motta
De repente a gente sente
Que já não sente o que já sentiu
De repente, naturalmente,
O que era novo envelheceu, de novo
De repente não há mais saco
Pra tanto papo que já se ouviu
De repente a modo muda
O mundo roda e você mudou mais uma vez
Não há nada a perder
Não há nada a ganhar
A não ser o prazer de ser o mesmo mas mudar
Não há nada só bom
Nem ninguém é só mau
Se o início e o final de nós todos é um só
Eu digo: só!
De repente a gente saca
Que só não passa o que já passou
Sem vergonha e sem orgulho
Nós somos feitos do mesmo pó
No giro do planeta eu me encontro só
Procurando a estrela dos perdidos
Pois acredito em sonhos, não em pedras
Entre velhos, pobres e vencidos
Ainda resta esperança e mágica
Que fala pelos olhos dos aflitos
Que venha a luz das estrelas
Que veham sonhos da distante calma
Dos campos celestiais sobre nós
Um homem em pedaços hoje adormeceu
Suportando a séculos de dor
Mas acredito em sonhos, não no tempo
Atravessado pela flamejante estrada
Pois é preciso aliviar a culpa
E espalhar as cizas pelo vento
Que venha a luz das estrelas
Que venham sonhos da distante calma
Dos campos celestiais sobre nós